Hortolândia (SP) e Sumaré (SP) lideram os casos de furtos e roubos de carros no primeiro semestre deste ano nas 49 cidades da região de Campinas (SP), se comparados dados de violência da Secretaria de Segurança Pública (SSP) e a frota de veículos nos municípios, segundo o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran).  Juntas as duas cidades registraram 1.578 casos.   “Muitas vezes venho a pé para o centro de Sumaré”, afirma o pedreiro Hélio dos Anjos, que teme furtos e roubos.  A professora Rute Nascimento vai trabalhar todos os dias andando, desde que foi vítima de roubo.

Em Hortolândia, com frota de 76.817 carros, um a cada 109 automóveis foi furtado ou roubado nos primeiros seis meses deste ano, totalizando 875 registros. Vizinha, Sumaré registrou um caso a cada grupo de 145 veículos. A cidade tem 127.180 veículos registrados no Denatran e 703 foram parar nas mãos dos ladrões.

Um e cada 163 foram levados pelos criminosos em Campinas no mesmo período. Limeira (SP) registrou um caso a cada 165 veículos. Nova Odessa (SP) vem na sequência com um a cada 191 carros levados.

Além do prejuízo com os furtos e roubos, proprietários de automóveis destas cidades também enfrentam preços maiores nos seguros. “Quanto mais furtos e roubos a cidade tem, maior será o preço”, lembra o diretor do Sindicato Regional dos Corretores Carlos Aparecido Cunha.
Especialista em segurança, Osvaldo Roberto Missio Jr, aponta que o alto índice de furtos e roubos acontece pelo favorecimento logístico, pois permite que as peças e veículos provenientes de furto e roubo escoem rapidamente. Outro fator é o grande número de desmanches.  “O desmanche é o fator principal”, declara Missio Jr.

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública informou que foram fechados em um ano 25 desmanches clandestinos pelo Setor de Furtos e Roubos de Veículos da Delegacia de Investigações Gerais (DIG). Em relação a Hortolândia e Sumaré, a Secretaria informa que tem feito ações dirigidas ao cumprimento de mandados de prisão e localização de desmanches.  Em Sumaré, os desmanches, oficinas mecânicas e funilarias são mensalmente fiscalizadas. A Polícia Militar não comentou o caso até a publicação desta reportagem.

Fonte: G1