O movimento “Fora Perugini” protocolou no Ministério Público guia de Hortolândia uma representação que pede a presença da Polícia Militar nas sessões da Câmara dos Vereadores e o afastamento urgente do presidente do Legislativo, José Nazareno Gomes (PT).

O pedido foi motivado pela agressão que um dos manifestantes, Antonio Euzébio do Carmo, teria sofrido por parte do motorista do presidente, conhecido como Rodrigo.

O fato ocorreu no dia 18 de outubro e um boletim de ocorrência foi registrado no 1º Distrito Policial, no Jardim Rosolen. Gomes negou ter conhecimento do ocorrido e do motorista.

Segundo o boletim, o motorista teria arrancado um cartaz com charge do presidente e rasgado. Depois, Carmo afirma que foi ameaçado de agressão. Apesar de a denúncia ainda não ter sido comprovada, o movimento justifica o pedido dizendo que não há condição moral para que Gomes continue no cargo.

“Diante de tamanha transgressão a todos os princípios constitucionais que norteiam as prerrogativas do cargo de vereador, não resta alternativa senão o afastamento imediato do presidente da Câmara Municipal de Hortolândia. Não existe qualquer condição moral para que o mesmo continue exercendo suas funções de Chefe do Poder Legislativo Municipal”, diz o documento.

O pedido pela PM, segundo o movimento, é justificado como uma forma de garantir a integridade física e o direito à livre manifestação por parte dos integrantes do movimento “Fora Perugini”.

O movimento Perugini é responsável pelas manifestações rotineiras nas sessões da Câmara. Recentemente, os manifestantes pediram o afastamento do vereador Clodomiro Benedito Gonçalves (PSB), relator da CEI (Comissão Especial de Inquérito) que investiga o suposto envolvimento do prefeito de Hortolândia, Angelo Perugini (PT), e a empresa O. O. Lima Limpadora Ltda em possíveis fraudes em licitações e contratos.

Além da função na CEI, que já dura 13 meses, Gonçalves também está entre os investigados.

Em função do feriado por conta do Dia do Servidor Público, comemorado ontem, as atividades no Ministério Público, assim como na Câmara de Hortolândia, estavam em recesso e não houve comentários sobre a representação.

Fonte: Jornal O Liberal